Jeremias 13Jeremias 14João 7.25->João 8.1-11Jeremias 13
1
Assim me disse o Senhor: Vai, e compra-te um cinto de linho, e põe-no sobre os teus lombos, mas não o metas na água.
2
E comprei o cinto, conforme a palavra do Senhor, e o pus sobre os meus lombos.
3
Então me veio a palavra do Senhor pela segunda vez, dizendo:
4
Toma o cinto que compraste e que trazes sobre os teus lombos, e levanta-te, vai ao Eufrates, e esconde-o ali na fenda duma rocha.
5
Fui, pois, e escondi-o junto ao Eufrates, como o Senhor me havia ordenado.
6
E passados muitos dias, me disse o Senhor: Levanta-te, vai ao Eufrates, e toma dali o cinto que te ordenei que escondesses ali.
7
Então fui ao Eufrates, e cavei, e tomei o cinto do lugar onde e havia escondido e eis que o cinto tinha apodrecido, e para nada prestava.
8
Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
9
Assim diz o Senhor: Do mesmo modo farei apodrecer a soberba de Judá, e a grande soberba de Jerusalém.
10
Este povo maligno, que se recusa a ouvir as minhas palavras, que caminha segundo a teimosia do seu coração, e que anda após deuses alheios, para os servir, e para os adorar, será tal como este cinto, que para nada presta.
11
Pois, assim como se liga o cinto aos lombos do homem, assim eu liguei a mim toda a casa de Israel, e toda a casa de Judá, diz o Senhor, para me serem por povo, e por nome, e por louvor, e por glória mas não quiseram ouvir:
12
Pelo que lhes dirás esta palavra: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Todo o odre se encherá de vinho. E dir-te-ão: Acaso não sabemos nós muito bem que todo o odre se encherá de vinho?
13
Então lhes dirás: Assim diz o Senhor: Eis que eu encherei de embriaguez a todos os habitantes desta terra, mesmo aos reis que se assentam sobre o trono de Davi, e aos sacerdotes, e aos profetas, e a todos os habitantes de Jerusalém.
14
E atirá-los-ei uns contra os outros, mesmo os pais juntamente com os filhos, diz o Senhor não terei pena nem pouparei, nem terei deles compaixão para não os destruir.
15
Escutai, e inclinai os ouvidos não vos ensoberbeçais, porque o Senhor falou.
16
Dai glória ao Senhor vosso Deus, antes que venha a escuridão e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos antes que, esperando vós luz, ele a mude em densas trevas, e a reduza a profunda escuridão.
17
Mas, se não ouvirdes, a minha alma chorará em oculto, por causa da vossa soberba e amargamente chorarão os meus olhos, e se desfarão em lágrimas, porque o rebanho do Senhor se vai levado cativo.
18
Dize ao rei e à rainha-mãe: Humilhai-vos, sentai-vos no chão porque de vossas cabeças já caiu a coroa de vossa glória.
19
As cidades do Negebe estão fechadas, e não há quem as abra todo o Judá é levado cativo, sim, inteiramente cativo.
20
Levantai os vossos olhos, e vede os que vêm do norte onde está o rebanho que se te deu, o teu lindo rebanho?
21
Que dirás, quando ele puser sobre ti como cabeça os que ensinaste a serem teus amigos? Não te tomarão as dores, como as duma mulher que está de parto?
22
Se disseres no teu coração: Por que me sobrevieram estas coisas? Pela multidão das tuas iniqüidades se descobriram as tuas fraldas, e os teus calcanhares sofrem violência.
23
pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas malhas? então podereis também vós fazer o bem, habituados que estais a fazer o mal.
24
Pelo que os espalharei como o restolho que passa arrebatado pelo vento do deserto.
25
Esta é a tua sorte, a porção que te é medida por mim, diz o Senhor porque te esqueceste de mim, e confiaste em mentiras.
26
Assim também eu levantarei as tuas fraldas sobre o teu rosto, e aparecerá a tua ignominia.
27
Os teus adultérios, e os teus rinchos, e a enormidade da tua prostituição, essas abominações tuas, eu as tenho visto sobre os outeiros no campo. Ai de ti, Jerusalém! até quando não te purificarás?
topoJeremias 14
1
A palavra do Senhor, que veio a Jeremias, a respeito da seca.
2
Judá chora, e as suas portas estão enfraquecidas eles se sentam de luto no chão e o clamor de Jerusalém já vai subindo.
3
E os seus nobres mandam os seus inferiores buscar água estes vão às cisternas, e não acham água voltam com os seus cântaros vazios ficam envergonhados e confundidos, e cobrem as suas cabeças.
4
Por causa do solo ressecado, pois que não havia chuva sobre a terra, os lavradores ficam envergonhados e cobrem as suas cabeças.
5
Pois até a cerva no campo pare, e abandona sua cria, porquanto não há erva.
6
E os asnos selvagens se põem nos altos escalvados e, ofegantes, sorvem o ar como os chacais desfalecem os seus olhos, porquanto não ha erva.
7
Posto que as nossas iniqüidades testifiquem contra nós, ó Senhor, opera tu por amor do teu nome porque muitas são as nossas rebeldias contra ti havemos pecado.
8
Ó esperança de Israel, e Redentor seu no tempo da angústia! por que serias como um estrangeiro na terra? e como o viandante que arma a sua tenda para passar a noite?
9
Por que serias como homem surpreendido, como valoroso que não pode livrar? Mas tu estás no meio de nós, Senhor, e nós somos chamados pelo teu nome não nos desampares.
10
Assim diz o Senhor acerca deste povo: Pois que tanto gostaram de andar errantes, e não detiveram os seus pés, por isso o Senhor não os aceita, mas agora se lembrará da iniqüidade deles, e visitará os seus pecados.
11
Disse-me ainda o Senhor: Não rogues por este povo para seu bem.
12
Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor, e quando oferecerem holocaustos e oblações, não me agradarei deles antes eu os consumirei pela espada, e pela fome e pela peste.
13
Então disse eu: Ah! Senhor Deus, eis que os profetas lhes dizem: Não vereis espada, e não tereis fome antes vos darei paz verdadeira neste lugar.
14
E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam mentiras em meu nome não os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei. Visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam.
15
Portanto assim diz o Senhor acerca dos profetas que profetizam em meu nome, sem que eu os tenha mandado, e que dizem: Nem espada, nem fome haverá nesta terra: Â espada e à fome serão consumidos esses profetas.
16
E o povo a quem eles profetizam será lançado nas ruas de Jerusalém, por causa da fome e da espada e não haverá quem os sepulte a eles, a suas mulheres, a seus filhos e a suas filhas porque derramarei sobre eles a sua maldade.
17
Portanto lhes dirás esta palavra: Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia, e não cessem porque a virgem filha do meu povo está gravemente ferida, de mui dolorosa chaga.
18
Se eu saio ao campo, eis os mortos à espada, e, se entro na cidade, eis os debilitados pela fome o profeta e o sacerdote percorrem a terra, e nada sabem.
19
Porventura já de todo rejeitaste a Judá? Aborrece a tua alma a Sião? Por que nos feriste, de modo que não há cura para nós? Aguardamos a paz, e não chegou bem algum e o tempo da cura, e eis o pavor!
20
Ah, Senhor! reconhecemos a nossa impiedade e a iniqüidade de nossos pais pois contra ti havemos pecado.
21
Não nos desprezes, por amor do teu nome não tragas opróbrio sobre o trono da tua glória lembra-te, e não anules o teu pacto conosco.
22
Há, porventura, entre os deuses falsos das nações, algum que faça chover? Ou podem os céus dar chuvas? Não és tu, ó Senhor, nosso Deus? Portanto em ti esperaremos pois tu tens feito todas estas coisas.
topoJoão 7
25->
25
Diziam então alguns dos de Jerusalém: Não é este o que procuram matar?
26
E eis que ele está falando abertamente, e nada lhe dizem. Será que as autoridades realmente o reconhecem como o Cristo?
27
Entretanto sabemos donde este é mas, quando vier o Cristo, ninguém saberá donde ele é.
28
Jesus, pois, levantou a voz no templo e ensinava, dizendo: Sim, vós me conheceis, e sabeis donde sou contudo eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis.
29
Mas eu o conheço, porque dele venho, e ele me enviou.
30
Procuravam, pois, prendê-lo mas ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora.
31
Contudo muitos da multidão creram nele, e diziam: Será que o Cristo, quando vier, fará mais sinais do que este tem feito?
32
Os fariseus ouviram a multidão murmurar estas coisas a respeito dele e os principais sacerdotes e os fariseus mandaram guardas para o prenderem.
33
Disse, pois, Jesus: Ainda um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me enviou.
34
Vós me buscareis, e não me achareis e onde eu estou, vós não podeis vir.
35
Disseram, pois, os judeus uns aos outros: Para onde irá ele, que não o acharemos? Irá, porventura, à Dispersão entre os gregos, e ensinará os gregos?
36
Que palavra é esta que disse: Buscar-me-eis, e não me achareis e, Onde eu estou, vós não podeis vir?
37
Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
38
Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.
39
Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.
40
Então alguns dentre o povo, ouvindo essas palavras, diziam: Verdadeiramente este é o profeta.
41
Outros diziam: Este é o Cristo mas outros replicavam: Vem, pois, o Cristo da Galiléia?
42
Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém, a aldeia donde era Davi?
43
Assim houve uma dissensão entre o povo por causa dele.
44
Alguns deles queriam prendê-lo mas ninguém lhe pôs as mãos.
45
Os guardas, pois, foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: Por que não o trouxestes?
46
Responderam os guardas: Nunca homem algum falou assim como este homem.
47
Replicaram-lhes, pois, os fariseus: Também vós fostes enganados?
48
Creu nele porventura alguma das autoridades, ou alguém dentre os fariseus?
49
Mas esta multidão, que não sabe a lei, é maldita.
50
Nicodemos, um deles, que antes fora ter com Jesus, perguntou-lhes:
51
A nossa lei, porventura, julga um homem sem primeiro ouvi-lo e ter conhecimento do que ele faz?
52
Responderam-lhe eles: És tu também da Galiléia? Examina e vê que da Galiléia não surge profeta.
53
[E cada um foi para sua casa.
topoJoão 8
1-11
1
Mas Jesus foi para o Monte das Oliveiras.
2
Pela manhã cedo voltou ao templo, e todo o povo vinha ter com ele e Jesus, sentando-se o ensinava.
3
Então os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério e pondo-a no meio,
4
disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
5
Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6
Isto diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo.
7
Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse-lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra.
8
E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.
9
Quando ouviram isto foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos ficou só Jesus, e a mulher ali em pé.
10
Então, erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11
Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno vai-te, e não peques mais.]
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